Avaliação de ansiedade em mães de recém-nascidos prematuros hospitalizados em unidade de terapia intensiva neonatal

Abstract

O nascimento pré-termo acarreta implicações para a saúde do recém-nascido e constitui um evento estressante e ansioso para os pais, principalmente para a mãe, que se depara com um cenário tomado de preocupações, ansiedade e tristeza decorrente da hospitalização do filho. Logo, é imprescindível compreender as particularidades emocionais e sociais vivenciadas por elas. Este trabalho teve como objetivo identificar o nível de ansiedade em mães de recém-nascidos prematuros hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e associar aos dados sociodemográficos materno e condições clínicas do recém-nascido. Foi adotada a metodologia de estudo transversal com abordagem quantitativa, de natureza descritiva e analítica, no qual participaram 33 mães de recém-nascidos prematuros internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, residentes na Casa da Gestante, do Bebê e da Puérpera de um hospital público localizado no interior do estado de Pernambuco. Para a coleta de dados foi utilizado o instrumento Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e a ficha de caracterização sociodemográfica materna e condições clínicos do recém-nascido. Nos resultados, as mães apresentaram escore médio de 50,39 (dp=8,47) na escala Ansiedade-Estado, e escore médio de 47,61 (dp=7,57) na escala Ansiedade-Traço, evidenciando a ansiedade situacional vivenciada por mães de bebês pré-termo hospitalizadas. Na associação com os dados sociodemográficos materno e condições clínicas do recém-nascido, identificou-se uma relação entre os sintomas de ansiedade e a idade gestacional do neonato (0,782). Concluiu-se que, as participantes do estudo apresentaram nível moderado de ansiedade diante da hospitalização do recémnascido, demonstrando que é indispensável a adoção de medidas de enfrentamento e minimização dos sintomas de ansiedade situacional.